Sobre a pequena Jacinta, vidente de Fátima, seguem postagens publicadas em 2010, por ocasião do centenário de seu nascimento, aqui reunidas. O corpo da beata permanece incorrupto, sinal de sua santidade. Chama nossa atenção como, com tão pouca idade, aceitou doar-se em reparação dos pecados, imolando-se para conversão dos pecadores.
A missão da beata Jacinta em salvar a alma dos pecadores – Parte 1
Por seu ardente desejo de reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, a vidente Jacinta de Fátima correspondeu ao sentido medular da mais profética das aparições marianas. Comemorando o centenário do seu nascimento, invoquemos a sua poderosa intercessão.
Tomás Agostinho Corrêa
Ao criar cada alma, Deus lhe designa uma missão específica que ela deverá cumprir, ajudada pela graça. Algumas — a maioria? a minoria? (a Igreja não se pronunciou a respeito) — atuam em sentido contrário à própria missão, e ao fim da vida, se chegaram até o pecado mortal e não se arrependem, são condenadas ao inferno. Muitas outras ficam a meio caminho, e após a morte, no Purgatório, deverão purificar-se da incorrespondência às graças recebidas, antes de serem levadas para o Céu.
Ao que tudo indica, apenas uma minoria corresponde plenamente à graça, depois de uma luta que não exclui as debilidades decorrentes do pecado original: são os santos, que são logo levados para o Paraíso celeste, podendo até passar algum tempo no Purgatório, para se purificarem dos últimos vestígios de pecado. A Igreja os apresenta como modelos e intercessores dos que estão in via – isto é, neste mundo – labutando por encontrar seu caminho para o Céu; ou, ao contrário, procurando subtrair-se ao chamado de Deus, fugindo d’Ele ou, pior ainda, levantando-se soberbamente contra Ele e tentando arrastar consigo outras almas para o inferno.
O Criador não aparece a cada homem para indicar-lhe sua missão, salvo casos excepcionais como o de São Paulo, derrubando-o do cavalo no caminho de Damasco. Para a grande maioria dos homens, Deus indica a respectiva missão pelos acontecimentos da vida, seus gostos, inclinações e apetências boas, inspirações recebidas, de tal forma que a alma atenta aos movimentos bons da graça no seu interior, ou aos fatos que lhe sucedem, encaminha-se mais ou menos conscientemente para o fim que Deus lhe designou (ou, pelo contrário, recusa essa vocação e dela se afasta).
Analisada à luz destas considerações de índole teológica, a vida da beata Jacinta Marto — cujo centenário de nascimento celebramos no dia 11 de março de 2010 — é exemplo da alma que despertou para a sua vocação, não só por ter visto Nossa Senhora, mas também pela compreensão do sentido medular da mensagem de Fátima: a necessidade de rezar pela conversão dos pecadores e oferecer reparação pelos seus pecados, que ofendem a Deus e ferem o Coração Imaculado de Maria. Ela compreendeu que, como os pecados estão continuamente crescendo em número e gravidade, e se essa penitência não for feita, desabarão sobre a humanidade os tremendos castigos anunciados por Nossa Senhora no chamado “segredo de Fátima”.
Alguns fatos da vida de Jacinta mostrarão ao leitor como ela levou a sério essa advertência, compenetrou-se de sua missão e imolou-se pela conversão dos pecadores.
Firmeza de Jacinta propiciou a continuidade das aparições

Jacinta é carregada depois de uma das aparições, para ser protegida da multidão
Como se sabe, a mãe de Lúcia não acreditava na realidade das aparições. Queria obrigá-la a desmentir que tivesse visto Nossa Senhora, não poupando para isso (como contou depois a própria Irmã Lúcia) “carinhos, ameaças, nem mesmo o cabo da vassoura” (I Memória, p. 32 — ver Bibliografia no fim do artigo). Levou-a ao prior da freguesia de Fátima, o qual, mantendo uma atitude de reserva, interrogou-a com amenidade, mas ao fim levantou a hipótese de que poderia “ser um engano do demônio” (II Memória, p. 68).
A hipótese desencadeou compreensível tormenta na alma de Lúcia, que começou a hesitar sobre a conveniência de se apresentar de novo no local das aparições. Ao manifestar a seus primos a dúvida em que se debatia, Jacinta logo a desfez com uma encantadora lógica infantil: “Não é o demônio, não! O demônio dizem que é muito feio e que está debaixo da terra, no inferno; e aquela Senhora é tão bonita, e nós vimo-La subir ao Céu” (II Memória, p. 68).
Isso apaziguou um tanto a alma de Lúcia, mas a dúvida persistia. Esmoreceu nela o entusiasmo inicial pela prática do sacrifício e da mortificação. Assim, na véspera da terceira aparição (13 de julho de 1917) resolveu não voltar mais à Cova da Iria (local das aparições). Chamou então Jacinta e Francisco, e informou-os de sua resolução. Eles responderam: “Nós vamos. Aquela Senhora mandou-nos lá ir” (II Memória, p. 69). E Jacinta pôs-se a chorar, por Lúcia não querer ir.
No dia seguinte, Lúcia sentiu-se de repente impelida a ir, por uma força superior à qual não resistiu. Pôs-se a caminho, passando antes pela casa dos primos. Encontrou-os no quarto, de joelhos ao pé da cama, a chorar.
— “Então, vocês não vão? – perguntou Lúcia.
— Sem ti, não nos atrevemos a ir. Anda, vem!
— Já cá vou” – respondeu Lúcia (cfr. II Memória, p. 70).
E puseram-se alegres a caminho…
Já na aparição de 13 de junho, algo semelhante ocorrera: Lúcia fraquejava diante dos “afagos” da mãe, e a firmeza de Jacinta e Francisco vencera as relutâncias da vidente mais velha das aparições.
A missão da beata Jacinta em salvar a alma dos pecadores – Parte 2
Seriedade e lógica em tirar as conseqüências

Lucia, Francisco e Jacinta
Antes das aparições de Nossa Senhora, os três videntes tinham a recomendação dos pais de rezar o terço, mas “despachavam” a oração de maneira mais rápida, para irem logo brincar: pronunciavam apenas as primeiras palavras, Padre-Nosso (como se dizia então o que hoje corresponde ao Pai-Nosso) e Ave-Maria. No dia seguinte à primeira aparição, depois de soltar as ovelhas na Cova da Iria, Jacinta sentou-se pensativa numa pedra. Lúcia disse:
— “Jacinta, anda a brincar.
— Hoje não quero brincar.
— Por que não queres brincar?
— Porque estou a pensar. Aquela Senhora nos disse para rezarmos o terço e fazermos sacrifícios pela conversão dos pecadores. Agora, quando rezarmos o terço, temos que rezar a Ave-Maria e o Padre-Nosso inteiros. E os sacrifícios, como os havemos de fazer?” (I Memória, pp. 29-30).
Fora Jacinta a primeira a compreender que essa não era uma maneira séria de rezar o terço, e tirou logo a conseqüência.
Foi também a primeira a procurar os meios de fazer sacrifícios: a primeira idéia que lhe ocorreu foi distribuir a merenda do almoço para umas crianças de uma localidade próxima, chamada Moita, que esmolavam nas aldeias vizinhas. Ao vê-las, Jacinta disse: “Demos a nossa merenda àqueles pobrezinhos, pela conversão dos pecadores” (I Memória, p. 31). E correu a levá-la.
Felizes, as referidas crianças pobres procuravam encontrar os videntes e passaram a esperá-los pelo caminho. E Jacinta, logo que as via, corria a levar-lhes tudo que não lhe fizesse falta.
Naturalmente, no fim da tarde sentiam fome. Conta a Irmã Lúcia: “Havia ali algumas azinheiras e carvalhos. A bolota estava ainda bastante verde, no entanto disse-lhe [à Jacinta] que podíamos comer dela. O Francisco subiu numa azinheira para encher os bolsos, mas a Jacinta lembrou-se de que podíamos comer das dos carvalhos, para fazer o sacrifício de comer a amarga. E lá saboreamos, naquela tarde, aquele ‘delicioso’ manjar. A Jacinta tomou este por um dos seus sacrifícios habituais. Colhia as bolotas dos carvalhos ou a azeitona das oliveiras. Um dia eu disse-lhe:
— Jacinta, não comas isso, que amarga muito.
— Pois é por amargar que como, para converter os pecadores” (I Memória, p. 31).
Outro sacrifício foi o da sede. Um dia, a mãe de Lúcia mandou-a levar o rebanho numa pastagem muito distante, que uma amiga lhe havia oferecido. Era um dia escaldante de verão. Lá chegados, a sede fazia-se sentir. A narração é da Irmã Lúcia:
“A princípio oferecíamos o sacrifício com generosidade, pela conversão dos pecadores, mas, passada a hora do meio-dia, não se resistia. Propus então aos meus companheiros ir a um lugar que ficava perto, pedir um pouco d’água. Aceitaram a proposta, e lá fui bater à porta de uma velhinha que, ao dar-me uma infusa com água, me deu também um bocado de pão, que aceitei com reconhecimento e corri a distribuir com meus companheiros. Em seguida, dei a infusa ao Francisco e disse que bebesse.
— Não quero beber – respondeu.
— Por quê?
— Quero sofrer pela conversão dos pecadores.
— Bebe tu, Jacinta.
— Também quero oferecer o sacrifício pelos pecadores.
Deitei então a água na concavidade de uma pedra, para que a bebessem as ovelhas, e fui levar a infusa à dona” (I Memória, pp. 31-32).
Os exemplos poderiam ser multiplicados, porque tinham adquirido o costume de, de vez em quando, oferecer a Deus o sacrifício de passar nove dias ou até um mês sem beber.
A missão da beata Jacinta em salvar a alma dos pecadores – Parte 3
Uma corda áspera ao modo de cilício

Na aparição de agosto — realizada dias depois do dia 13, pois nesse dia haviam sido raptados pelo administrador de Ourém, que lhes quis arrancar à força o segredo — a Santíssima Virgem recomendou-lhes de novo a prática da mortificação: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas” (II Memória, p. 75).
Passados alguns dias, caminhando os videntes com suas ovelhas, Lúcia deparou com um pedaço de corda de uma carroça. Pegando-a, a brincar, atou-a num braço e logo notou que a corda a magoava. Disse então aos primos: “Olhem, isto faz doer; podíamos atá-la à cinta e oferecer a Deus este sacrifício” (II Memória, p. 75). Todos aceitaram a idéia, e retalhando a corda em três pedaços, passaram a usá-la de dia e de noite. A aspereza da corda, apertada demasiadamente, fazia-os sofrer horrivelmente. Jacinta deixava às vezes cair algumas lágrimas, pelo incômodo que sentia. Lúcia dizia-lhe para tirar a corda, mas ela respondia: “Não. Quero oferecer este sacrifício a Nosso Senhor, em reparação e pela conversão dos pecadores” (II Memória, p. 75).
Por esta resposta, pode-se ver até que ponto Jacinta estava imbuída do espírito de reparação. Por isso, na aparição de setembro, Nossa Senhora lhes disse: “Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda, trazei-a só durante o dia” (II Memória, p. 77).
Noutra ocasião, Jacinta deparou com umas urtigas, com as quais se picou. Logo advertiu os companheiros: “Olhem, olhem outra coisa com que nos podemos mortificar!” (cfr. II Memória, p. 75-76). Desde então adotaram o costume de dar, de vez em quando, alguns golpes com as urtigas nas pernas, para oferecerem a Deus mais este sacrifício.
Estes exemplos edificavam os católicos que liam as Memórias da Irmã Lúcia, onde estão narrados. No mundo hedonista de hoje, em que os homens colocam o prazer (lícito ou ilícito) como bem supremo, que efeito eles causam? A idéia de reparação dos pecados pelo sofrimento, em certos casos levado até o holocausto de si mesmo, lhes escapa completamente. Talvez algum deles diga: “Não pensei que o fanatismo religioso chegasse a esse ponto”. Por isso, já São Paulo advertia: “Nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (I Cor. 1,23).
A missão da beata Jacinta em salvar a alma dos pecadores – Parte 4
Compenetração do castigo que paira sobre o mundo

A impressão que o segredo de Fátima causou sobre a pequena Jacinta foi tão grande que a Irmã Lúcia, diante do pedido do bispo de Leiria para que pusesse por escrito tudo mais de que se lembrasse da vida de sua prima, tomou isso como um sinal do Céu de que era chegado o momento de revelar as duas primeiras partes do segredo. Pois não lhe era possível narrar certos fatos sem mencionar a grande impressão que o segredo provocou na alma de Jacinta.
Em primeiro lugar a visão do inferno, que explica o zelo dela pela salvação das almas, como os fatos até aqui narrados demonstram de sobejo. Ademais, o castigo de guerras e perseguições à Santa Igreja, que Nossa Senhora anuncia se os homens não cessarem de ofender a Deus. Esse fundo de quadro está presente em várias visões particulares que Jacinta teve, e que denotam o fundo de suas cogitações.
Assim, por exemplo, numa tarde de agosto de 1917, estando os videntes sentados nos rochedos do outeiro do Cabeço — onde, no ano anterior, um Anjo lhes aparecera — Jacinta pôs-se subitamente a rezar a oração que o Anjo lhes ensinara, e depois de um profundo silêncio disse à prima: “Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente a chorar com fome e não têm nada para comer? E o Santo Padre numa igreja diante do Imaculado Coração de Maria a rezar? E tanta gente a rezar com ele?” (III Memória, p. 110).
A Irmã Lúcia acrescenta: “Passados alguns dias, perguntou-me:
— Posso dizer que vi o Santo Padre e toda aquela gente?
— Não. Não vês que isso faz parte do segredo?! Que por aí logo se descobria?
— Está bem. Então não digo nada” (III Memória, p. 110).
Um dia, em casa de Jacinta, Lúcia encontrou-a muito pensativa e interrogou-a:
— “Jacinta, que estás a pensar?
— Na guerra que há de vir. Há de morrer tanta gente! E vai quase toda para o inferno! Hão de ser arrasadas muitas casas e mortos muitos padres. Olha, eu vou para o Céu; e tu, quando vires de noite essa luz que aquela Senhora disse que vem antes, foge para lá também” (III Memória, p. 110).
Jacinta recomendou fidelidade a Lúcia
A compreensão profunda da Mensagem de Fátima vê-se em todos os pensamentos expressos por Jacinta. Como se sabe, na primeira aparição Nossa Senhora tinha

Jacinta (sentada) e Lucia
dito que a levaria logo para o Céu. Mais tarde, em aparições particulares, disse-lhe que seria transferida para Lisboa e lá morreria sozinha; mas que não temesse, porque a própria Mãe de Deus estaria com ela, como de fato aconteceu. Os livros que tratam de Fátima descrevem os fatos com pormenores. Destaquemos um.
Pouco antes de ir para o hospital, lembrando-se de que Lúcia fraquejara em vários momentos, Jacinta disse a ela: “Já me falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando for para dizeres isso, não te escondas, dize a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria. Que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!” (III Memória, p. 112).
A missão da beata Jacinta em salvar a alma dos pecadores – Parte final
Poderosa intercessora diante de Nossa Senhora

Tanto ardor de devoção ao Imaculado Coração de Maria, que queimava dentro de seu peito, nos faz compreender que era procurada já em vida para obter graças especiais de Nossa Senhora. Narra Lúcia: “Encontrou-nos, um dia, uma pobre mulher e, chorando, ajoelhou-se diante de Jacinta, a pedir-lhe que obtivesse de Nossa Senhora a cura de uma terrível doença. A Jacinta, ao ver de joelhos diante de si uma mulher, afligiu-se e pegou-lhe nas mãos trêmulas para a levantar. Mas vendo que não era capaz, ajoelhou-se também e rezou com a mulher três Ave-Marias; depois pediu-lhe que se levantasse, que Nossa Senhora havia de curá-la. E não deixou mais de rezar todos os dias por ela, até que, passado algum tempo, tornou a aparecer para agradecer a Nossa Senhora a sua cura” (I Memória, p. 40).
Um outro caso, dentre muitos, também narrado por Lúcia:
“Uma tia minha, casada na Fátima, de nome Vitória, tinha um filho que era um verdadeiro pródigo. Não sei por quê, havia tempo que tinha abandonado a casa paterna, sem se saber que era feito dele. Aflita, minha tia veio um dia a Aljustrel, para eu pedir a Nossa Senhora por aquele seu filho. Não me encontrando, fez o pedido à Jacinta. Esta prometeu pedir por ele. Passados alguns dias, apareceu em casa a pedir perdão aos pais, e depois foi a Aljustre contar a sua desventurada sorte.
Depois (contava ele) de haver gastado tudo que tinha roubado, andou vário tempo por lá, feito vadio, até que foi metido na cadeia de Torres Novas. Algum tempo depois de ali estar, conseguiu uma noite escapar-se e meteu-se por entre montes e pinhais desconhecidos. Julgando-se completamente perdido, entre o susto de ser apanhado e a escuridão da noite cerrada e tempestuosa, encontrou-se com o único recurso da oração. Caiu de joelhos e começou a rezar. Passados alguns minutos, afirmava ele, apareceu-lhe a Jacinta, pegou-lhe pela mão e o conduziu à estrada de macadame que vem do Alqueidão ao Reguengo, fazendo-lhe sinal que continuasse por ali. Quando amanheceu, achou-se a caminho de Boleiros, reconheceu o ponto onde estava e, comovido, dirigiu-se à casa dos pais.
Ora bem, ele afirmava que a Jacinta lhe tinha aparecido, que a tinha reconhecido perfeitamente. Eu perguntei a Jacinta se era verdade ela lá ter ido com ele. Respondeu-me que não, que nem sabia onde eram esses pinhais e montes onde ele se perdeu.
— Eu só rezei e pedi muito a Nossa Senhora por ele, com pena da tia Vitória.

Corpo incorrupto de Jacinta
— Como foi então isso?
— Não sei, sabe-o Deus” (IV Memória, pp. 175-176).
Podemos imaginar perfeitamente que um anjo tomou a figura de Jacinta, para indicar ao beneficiado a intercessora de sua salvação!
Se tal é o poder de intercessão de Jacinta junto a Nossa Senhora, os devotos de Fátima podem valer-se dela em suas necessidades materiais e espirituais, acrescentando no fim de sua oração a jaculatória: Beata Jacinta Marto, rogai por nós! Mas ela se identificou de tal maneira com a Mensagem de Fátima, que seria melhor invocá-la, como a chama o Pe. Fernando Leite SJ, como Beata Jacinta de Fátima.
Parece-nos que, neste ano do centenário do seu nascimento, seria esta uma homenagem que agradaria a Nossa Senhora. Julgue a Santa Igreja esta despretensiosa sugestão!
Bibliografia
· Memórias da Irmã Lúcia, compilação do Pe. Luís Kondor SVD, Vice-Postulação–Fátima, 6ª Ed., 1990.
· Cônego José Galamba de Oliveira, Jacinta, Gráfica de Leiria, 7ª Ed., 1976.
· Padre Joaquín María Alonso CMF, Doctrina y espiritualidad del Mensaje de Fátima, Cap. VIII, Jacinta, la víctima de la reparación cordimariana, Arias Montano Editores, 1990, pp. 131-147.
· Padre Fernando Leite SJ, Jacinta de Fátima, Editorial A.O., Braga, 5ª Ed., 1999
Fonte: Revista Catolicismo
Disponível em http://www.adf.org.br/home/category/jacinta/
Nenhum comentário:
Postar um comentário